Muitos deputados se posicionam contrários à
aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência,
dentre eles está o deputado Genecias Noronha, do Solidariedade cearense.
Na última sexta-feira (8/12), o presidente Michel
Temer disse que a votação da PEC pelo plenário da Câmara deve acontecer nos
dias 18 e 19 de dezembro. Por causa do recesso parlamentar, a votação no Senado
Federal deve ficar para fevereiro do ano que vem.
A matéria está pronta para ser votada desde maio,
mas o governo protela colocar o projeto em pauta pela dificuldade em conseguir
os votos necessários para aprovação. A articulação é para que o projeto seja
votado ainda este ano, pois a avaliação é de que a rejeição da matéria pelos
deputados aumenta à medida que se aproxima o período eleitoral.
Até agora, dois partidos decidiram fechar questão e
obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma: o PMDB do presidente
Michel Temer e o PTB. Deputados que desobedecerem a determinação podem sofrer
sanções internas.
“O governo vem buscando angariar mais votos, o
governo até fez alterações no texto, retirando os trabalhadores rurais da
reforma e também retirando o trecho que estabelecia redução do valor de um
salário mínimo mensal pago a idosos sem aposentadoria e a deficientes com baixa
renda, mas ainda há muito o que trabalhar para que a reforma não prejudique os
principais atores dessa novela, que é o povo trabalhador, que já tem sofrido
com as últimas crises que temos enfrentado”, pontuou Genecias Noronha.
Entre os principais pontos da nova proposta, estão
a fixação de idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para
mulheres, como estava no texto original, sendo que professores e policiais
passam a cumprir exigência de 60 anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção
de gênero, o que na visão do deputado, prejudica e muito nossos educadores e
profissionais da segurança, onde nos dias de hoje, poucos tem se aposentado com
a crescente onda de violência por todo o Brasil.
Folha do Sertão
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