Entre
as diversas formas de violência citadas no texto-base, a campanha
também destaca a corrupção. “A corrupção é uma forma de violência e ela
mata por isso precisa ser combatida. Uma vez que quando se desvia
dinheiro público está se negando ao povo o direito à educação, à saúde, à
segurança pública”, afirmou o presidente da CNBB, o cardeal Sérgio da
Rocha, durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2018, na manhã
desta quarta-feira de Cinzas.
O
secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, também aproveitou o
lançamento da campanha para fazer críticas às reformas propostas pelo
governo, sem citar quais especificamente. “O texto-base não aborda isso
diretamente, aborda a corrupção, mas é claro que são violências. Até o
carnaval mostrou a questão da violência da corrupção e das chamadas
reformas sem ouvir o povo, sem ouvir a população, sem ouvir os
aposentados. Simplesmente, feitas de cima pra baixo, em vista do
mercado. De repente, um grupo de pessoas se acha no dever moral de
salvar o Brasil. Eu duvido um pouco, inclusive, que tenha moral para
isso, dado que existem processos e questionamentos no meio jurídico”,
comentou.
Paz
Durante o
lançamento, uma mensagem que prega o amor ao próximo e a paz do papa
Francisco foi lida. “Sejamos protagonistas da superação da violência
fazendo-nos arautos e construtores da paz. Uma paz que é fruto do
desenvolvimento integral de todos, uma paz que nasce de uma nova relação
também com todas as criaturas. A paz é tecida no dia-a-dia com
paciência e misericórdia, no seio da família, na dinâmica da comunidade,
nas relações de trabalho, na relação com a natureza”, ressalta trecho
do texto.
Presente à cerimônia, a presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, também pregou o
amor como solução, o enxergar o próximo como aliado e não inimigo e
sugeriu um caminhar de “mãos dadas e não de punhos cerrados”.
“Que sociedade emanamos quando a desconfiança e a violência é o que se prega e o que, pelo menos, se põe como a semente que pode florescer fazendo do outro não o seu irmão, mas alguém que é preciso combater. Quando outro é inimigo e não parceiro, a desconfiança pode marcar o pensamento e isso reverbera num sentimento que pode tomar conta de forma perigosa para uma sociedade que tem marcos civilizatórios de pacificação“, disse a ministra fazendo citações a Chico Buarque e ao filósofo Thomas Hobbes.
“Que sociedade emanamos quando a desconfiança e a violência é o que se prega e o que, pelo menos, se põe como a semente que pode florescer fazendo do outro não o seu irmão, mas alguém que é preciso combater. Quando outro é inimigo e não parceiro, a desconfiança pode marcar o pensamento e isso reverbera num sentimento que pode tomar conta de forma perigosa para uma sociedade que tem marcos civilizatórios de pacificação“, disse a ministra fazendo citações a Chico Buarque e ao filósofo Thomas Hobbes.
SITE: CORREIO BRAZILIENSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário